quarta-feira, 17 de julho de 2013

Criança Índigo

A partir da década de 80, elas começaram a chegar, mais e mais. São crianças espectaculares, que chegam para ajudar a Humanidade na transformação social, educacional, familiar e espiritual de todo o planeta, independente das fronteiras e das classes sociais. Estas crianças são como catalisadores da nova consciência e vêm desencadear as reacções necessárias para as transformações. Estas crianças possuem uma estrutura cerebral diferente naquilo que toca ao uso das potencialidades dos hemisférios esquerdo (menos) e direito (mais). Isso quer dizer que elas vão além do plano intelectual, sendo que no plano comportamental está o foco do seu brilho. Elas exigem do ambiente em volta delas certas características que não são comuns ou autênticas nas sociedades actuais. Elas ajudar-nos-ão a destituir dois paradigmas da humanidade: ô elas ajudar-nos-ão a diminuir o distanciamento entre o PENSAR e o AGIR. Hoje na nossa sociedade todos sabem o que é certo ou errado. No entanto, nós frequentemente agimos diferentemente do que pensamos. Dessa maneira, estas crianças vão nos induzir a diminuir este distanciamento gerando assim uma sociedade mais autêntica, transparente, verdadeira, com maior confiança nos inter-relacionamentos; Elas também nos ajudarão a mudar o foco do EU para o PRÓXIMO, inicialmente a partir do restabelecimento da autenticidade e confiança da humanidade, que são pré-requisitos para que possamos respeitar e considerar mais o próximo do que a nós mesmos. Como consequência, teremos a diminuição do egoísmo, da inveja, das exclusões, resultando numa maior solidariedade, partilha e cooperação entre todos os seres. Talvez esteja a questionar-se: como é que estas crianças vão fazer tal transformação? Através do questionamento e transformação de todas as entidades rígidas que as circundam. Começando pela Família, que hoje se baseia na imposição de regras, sem tempo de dedicação, sem autenticidade, sem explicações, sem informação, sem escolha e sem negociação. Estas crianças simplesmente não respondem a estas estruturas rígidas porque para elas é imprescindível haver opções, relações verdadeiras e muita negociação. Elas não aceitam serem enganadas porque elas têm uma "intuição" nata para perceber as verdadeiras intenções e, mais, não têm medo. Portanto, intimidá-las não traz qualquer resultado, porque elas sempre encontrarão uma maneira de obter a verdade. Elas percebem as verdadeiras intenções e as fraquezas dos adultos. A segunda entidade vulnerável à acção dos Índigos é a Escola. Hoje o modelo de ensino tem um carácter impositivo sem muita interacção, sem tempo para escutar e sem a participação dos estudantes. Simplesmente este modelo é incompatível com os Índigos, sendo que este é o pior dos conflitos para eles, muitas vezes superior ao existente na Família, principalmente pela falta de vínculos afectivos e amorosos. Como elas possuem um estrutura mental diferente, elas resolvem problemas vulgares de uma maneira diferente, além de encontrar formas diferentes de raciocínio que abalam o modelo actual de ensino. Assim, através do questionamento, elas influenciarão todas as demais entidades, tais como: o mercado de trabalho, a cidadania, as relações interpessoais, as relações amorosas e até as instituições espirituais/religiosas, pois elas são essencialmente dirigidas pelo hemisfério direito. Infelizmente, a missão dos Índigo é muito difícil, pois sofrerá rejeição de algumas entidades da nossa sociedade. Antes dos anos 80, os Índigos morriam muito cedo porque a frequência de energia do planeta não lhes era favorável. Depois da nova frequência e com um montante maior de crianças, elas começaram a causar transformações maravilhosas no nosso planeta e em breve, após uma geração, nós poderemos perceber claramente as modificações. Algumas "dicas" para reconhecer os Índigos * Têm alta sensibilidade * Têm excessivo montante de energia * Distraem-se facilmente * Têm baixo poder de concentração * Requerem emocionalmente estabilidade e segurança dos adultos * Resistem à autoridade se não for democraticamente orientada * Possuem maneiras preferenciais na aprendizagem particularmente na leitura e matemática * Aprendem através do nível de explicação, resistindo à memorização mecânica ou a serem simplesmente ouvintes * Não conseguem ficar quietas ou sentadas, a menos que estejam envolvidas em alguma coisa do seu interesse * São muito compassivas; têm muitos medos tais como a morte e a perda dos amados * Se elas experimentarem muito cedo decepção ou falha, podem desistir e desenvolver um bloqueio permanente.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

A Reencarnação na bíblia

Diversas passagens de maneira clara ou indirecta, contidas nos ensinamentos de Jesus e dos profetas, mostram que a reencarnação está na Bíblia: "Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Por ventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito. Nicodemos respondeu, e disse-lhe: Como pode ser isso? Jesus respondeu, e disse-lhe: Tu és mestre de Israel, e não sabes isto? Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testemunhamos o que vimos: e não aceitais o nosso testemunho. Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?" – (João 3.3-12). "Eis que eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor; E converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição" – (Malaquias 4.5-6). "E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem seja ressuscitado dos mortos. E os discípulos o interrogaram, dizendo: porque dizem então os escribas que é mister que Elias venha primeiro? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro e restaurará todas as coisas; Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o filho do homem. Então entenderam os discípulos que lhes falara de João Batista" – (Mateus 17.9-13). "Porque, eu te peço, pergunta agora às gerações passadas, e prepara-te para a inquirição de seus pais. Porque nós somos de ontem, e nada sabemos, porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra" – (Jó 8.8-9). "Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão? Insensato! O que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer" – (I Coríntios 15.35-36). A reencarnação não foi inventada pelo Espiritismo. Ela consta nos princípios de diversas religiões orientais desde a mais remota antiguidade. E como mostra as citações acima, ela está explícita ou implicitamente contida na Bíblia, sendo necessárias as mais fantasiosas explicações para colocar ali outros sentidos que não as múltiplas experiências na carne. Racionalmente não há como negar a reencarnação. Se tivéssemos apenas uma oportunidade de vida terrena, a justiça de Deus seria incompreensível. O Pai, em sua imensa sabedoria, criou seus filhos em igualdade de condições e deu a eles igualmente as mesmas oportunidades de crescimento. Não fosse assim teríamos que admitir um Deus parcial, intolerante, injusto e severo, que permitiria todas as misérias e desigualdades sempre existentes no mundo, aquinhoando uns e castigando outros a seu bel-prazer. A pluralidade das existências é, pois, necessária ao aprimoramento das qualidades do ser imortal e para bem entender a justiça de Deus. Só pelas múltiplas oportunidades de vida poderemos compreender o amor do Criador por suas criaturas. Ele permite o aprendizado na carne para a conquista da verdadeira morada, a vida espiritual, através do esforço de cada um em vencer suas más tendências para atingir a plenitude, a perfeição. Somos todos seres atrelados às leis divinas que regem o universo, acreditemos ou não. Uma delas é a lei de evolução dos seres. Seria insensatez supor que em apenas uma existência terrena, atingiremos a tão sonhada perfeição de que nos fala o Mestre em Mateus, capítulo V, versículos 44-48: "Sede vós logo perfeitos, assim como vosso Pai Celestial é perfeito". "Somente a reencarnação pode dizer ao homem de onde ele vem, para onde vai, por que se encontra na Terra e justificar todas as anomalias e todas as injustiças aparentes da vida" – (Allan Kardec). "Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens" – (I Corintios 15.19).

sábado, 1 de junho de 2013

Mediunidade na infância

A mediunidade, ao contrário do que muitos pensam, não é um dom sobrenatural. É uma faculdade que nos permite entrar em contato com os espíritos e com o mundo espiritual. Toda pessoa a possui, em maior ou menor grau, manifestando-a, muitas vezes, sem se dar conta. Mas, no campo de estudos do fenômeno mediúnico, designamos como médiuns aqueles que apresentam sua mediunidade de forma ostensiva, passível de ser analisada e até mesmo comprovada. Ser médium, neste sentido, não significa ser privilegiado ou mais evoluído, afinal, essa faculdade independe das condições morais do indivíduo. Sendo assim, frequentemente encontramos pessoas de moral duvidosa dotadas de expressiva capacidade mediúnica, enquanto outras, de conduta irrepreensível, mesmo sendo bastante influenciadas pelos espíritos mais elevados, são incapazes de produzir o menor fenômeno de efeito físico. Com relação à reencarnação, O Livro dos Espíritos nos explica que a união da alma com o corpo começa na concepção, mas não se completa senão no momento do nascimento. Desde o momento da concepção, o espírito designado para habitar tal corpo a ele se liga por um laço fluídico, que vai se fortalecendo cada vez mais, até que a criança nasça. Ainda em O Livro dos Espíritos, na questão 351, foi perguntado se no intervalo entre a concepção e o nascimento o espírito gozaria de todas as suas faculdades. Os espíritos respondem: “Mais ou menos, de acordo com a época, porque ele não está ainda encarnado, mas vinculado. Desde o instante da concepção, a perturbação começa a se assenhorear do Espírito, advertindo-o de que é chegado o momento de tomar uma nova existência; essa perturbação vai crescendo até o nascimento. Nesse intervalo, seu estado é pouco próximo ao de um Espírito encarnado durante o sono do corpo. À medida que o momento do nascimento se aproxima, suas idéias se apagam, assim como a lembrança do passado da qual não tem mais consciência, como homem, uma vez entrando na vida; mas essa lembrança lhe volta pouco a pouco à memória, no seu estado de Espírito”. Uma vez reencarnado, o espírito não recobra imediatamente suas faculdades. Estas se desenvolvem gradativamente, de acordo com o desenvolvimento dos órgãos. O espírito age de acordo com o instrumento (o corpo), com a ajuda do qual pode se manifestar. A mediunidade é a faculdade que tem um indivíduo de se comunicar com o mundo físico e o mundo espiritual. Devemos encarar a mediunidade como uma benção que Deus nos dá, pois é uma oportunidade de trabalho na Seara do Bem, onde iremos resgatar débitos do passado. Possuir sensibilidade mediúnica não implica em ser privilegiado ou mais evoluído, afinal, essa faculdade independe das condições morais do indivíduo. Sendo assim, frequentemente, se encontra pessoas de moral duvidosa dotadas de expressiva capacidade mediúnica, enquanto outras, de conduta irrepreensível e dedicadas a Deus, são incapazes de produzir o menor fenômeno. A mediunidade infantil é um tema que instigou e ainda instiga alguns pesquisadores espiritualistas. Até mesmo Allan Kardec se preocupou em abordar o tema em O Livro dos Médiuns. Recentemente, a mídia brasileira explorou bastante este assunto. A Rede Globo de Televisão exibiu, em horário nobre, a novela Páginas da Vida, onde os personagens mirins, Clara e Francisco, viam e até conversavam com a mãe desencarnada. O cinema também soube explorar muito bem este tema por meio da película O Sexto Sentido, onde o garoto de 8 anos, Cole Sear, interpretado pelo ator Haley Joel Osment, é um médium que vê, constantemente, “pessoas mortas” que lhe procuram em busca de ajuda para solucionar assuntos mal resolvidos, pendências que lhes afligem o coração. Mas as estórias de crianças médiuns não ficam apenas na ficção. Temos relatos de médiuns famosos, como o nosso querido Chico Xavier, que desde os 5 anos de idade conversava com sua mãe, desencarnada, que o socorria quando sua madrinha lhe infligia maus tratos. A consagrada médium Yvonne Pereira manifestou sua mediunidade ainda criança, e aos quatro anos já falava com espíritos. Divaldo Pereira Franco, médium e palestrante espírita, declara ver espíritos desde criança, e que, aos quatro anos de idade viu a avó desencarnada, Dona Maria Senhorinha. Inclusive, Divaldo Franco tinha como companheiro na infância um indiozinho de nome Jaguaruçu. Conforme sua declaração “Jaguaruçu me apareceu quando eu contava cinco anos e se apresentava com a mesma idade que eu. À medida que eu crescia, ele também. Brincávamos, corríamos e conversávamos muito, a ponto de os meus familiares ficarem estranhando eu conversar, sorrir e correr sozinho. Eu lhes falava, mas só minha mãe acreditava. Quando eu completei doze anos, ele me disse que iria preparar-se para reencarnar, o que me causou uma grande dor e um susto, por identificar que ele não era uma criança física. Posteriormente, quando eu comecei a exercer a mediunidade com a consciência doutrinária, ele se comunicou várias vezes em nossas reuniões até 1949, quando anunciou que iria reencarnar. Eu o reencontrei na sua nova jornada e nos identificamos muito. Ele viveu 38 anos e já desencarnou, continuando a aparecer-me, porém, agora com as características da existência recentemente encerrada”. Não podemos esquecer de ressaltar as irmãs Fox: Kate, então com onze anos e Margareth, com catorze. Elas deram uma contribuição memorável aos estudos do mundo espiritual, a partir do momento que passaram a ouvir sons semelhantes a arranhões nas paredes, assoalhos e móveis em sua casa, no vilarejo de Hydesville, Estado de New York. A partir daí, Kate, em sua astúcia de criança, desafiou o mundo invisível se comunicando com os espíritos por meio de estalos de dedos, no qual a resposta foi imediata. A cada estalo, um golpe era ouvido a seguir. Assim, estabelecia a “telegrafia espiritual”, acontecimento histórico ocorrido na noite de 31 de março de 1848. Em janeiro de 2007, a revista IstoÉ fez uma matéria de capa intitulada Mediunidade Infantil – Crianças que falam com espíritos. Nesta matéria, pudemos ler como a Ciência vê estes fenômenos. A psicanalista Ana Maria Sigal, coordenadora do grupo de trabalho em psicanálise com crianças, do Instituto Sedes Sapientiae, tem a seguinte visão: "Há momentos em que a ilusão predomina e a criança transforma em real o que é apenas o seu desejo inconsciente. Ao brincar com um amigo imaginário, ela nega a solidão e cria um espaço no qual é dona e senhora. Já falar com parentes falecidos é uma forma de negar uma realidade dolorosa e se sentir onipotente, capaz de reverter a morte". Esta opinião não é unânime na medicina, pois como sabemos há médicos adeptos ao Espiritismo, tendo uma visão mais ampla e cuidando, também, do lado espiritual do paciente. Mas, até que idade uma criança poderia apresentar a mediunidade de forma espontânea e ostensiva? Richard Simonetti, conceituado escritor e palestrante espírita, explica que “até os sete anos, antes que complete o processo reencarnatório, o espírito conserva algumas percepções espirituais e pode ter experiências de contato com o Além, sem que seja propriamente um médium. Essa sensibilidade tende a desaparecer e vai ressurgir na adolescência, se ela realmente tiver mediunidade”. E como saber se a criança é realmente médium ou se o que ela narra é fruto de sua imaginação? Simonetti esclarece que “em princípio, é difícil definir. O melhor é não interferir, tratando com naturalidade a criança. A tendência é o fenômeno desaparecer, quer porque a criança se desinteressou em relação ao amigo imaginário, quer por que perdeu o contato com ele, a partir da consolidação reencarnatória”. Não é sempre que uma criança médium tem visão de coisas boas, como um ente querido ou um amigo espiritual. Temos casos em que a visão é de antigos desafetos de vidas passadas, que procuram prejudicá-la em busca de vingança. Quando a criança não é compreendida pelos pais, sendo considerada como louca, perturbada ou vítima do demônio, a situação pode se complicar, trazendo como agravante profundos desequilíbrios psicológicos e emocionais. Vale ressaltar que muitas crianças só voltam a ter uma “vida normal” quando passam a freqüentar um centro espírita, recebendo os benefícios dos passes, das palestras e do culto do evangelho no lar. A mediunidade, em certos casos, pode ser provocada, o que não é aconselhável de maneira alguma no caso das crianças. Agnes Henriques, autora do livro Mediunidade em Crianças, escreveu em sua obra que em determinada época de sua infância participou da brincadeira do copo. Esta brincadeira tem as letras do alfabeto em pedacinhos de papel, um copo no centro, e por meio de invocações a espíritos aguarda-se que alguma entidade responda as indagações, enquanto um dos participantes permanece com a mão imposta em cima do copo que circula pelas letras. Ela conta: “Quando pequena, presenciei através de uma sessão dessas a descoberta de um assassinato. Em mim já se apresentavam indícios de faculdades mediúnicas. Eu ouvia vozes, via algumas entidades, chegava a responder quando me chamavam nominalmente. Minha mãe, sempre nessas horas, me incentivava a orar. Muitas vezes orava comigo e eu saía tranqüila sabendo que era um acontecimento normal. Eu já havia sido alertada por ela da seriedade que deveríamos estar revestidos quando no trato com os espíritos, e sempre me afastava dos meus amigos quando eles resolviam brincar com o famoso copo”. Eu tinha uma vizinha que sempre reclamava que dormia mal, pois sua filha de 3 anos, chorava a noite toda, parecia ver algo que a assustava muito. Depois de algum tempo, convidei-a a levar sua filha no centro espírita que freqüentava. Naquela ocasião, quando a menina ia entrar na cabine de passes, ela gritava e segurava no portal com muita força. O pavor era visível em seu rosto. Toda semana ela levava a filha neste centro e até o terceiro passe a menina agia do mesmo jeito. A partir da quarta vez ela foi ficando mais amistosa, e daí por diante não mostrou mais resistência ao tratamento, passando a dormir bem a noite toda. Em uma entrevista pelo Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo, quando foi perguntado sobre o procedimento adequado diante de uma criança que vê constantemente determinada entidade e que se sente mal toda vez que recebe o passe, Agnes Henriques respondeu que “Normalmente nesses casos, a energização pelo passe, a água fluída e a oração são poderosos instrumentos de que se vale a espiritualidade na solução do problema (...) Os pais devem mostrar-se aptos a efetuar mudanças na conduta diária em seu recinto doméstico. Tudo que for para elevação do padrão vibracional deve ser cultivado, ao mesmo tempo em que se esforcem para afastar toda conduta que levar ao contrário (...) Se o pequenino demonstrar medo, é bom que os pais o acompanhem nas sessões necessárias ao tratamento espiritual, até que ele se acostume e encare com naturalidade tal fato. O ambiente da cabine de passes, ou locais destinados para tal, apesar de serem locais simples, destituídos de muita decoração, pode ser intimidante para uma criança que já deve estar assustada com os fatos que porventura estiverem lhe acontecendo. Normalmente, logo elas se acostumam, desde que os pais estejam tranqüilos e passem para elas essa tranqüilidade”. Vale ressaltar que o apoio familiar é de vital importância para que a criança consiga superar esta primeira fase da infância, quando poderá, na fase seguinte (dos 8 aos 12 anos), ter o conhecimento doutrinário e esclarecedor, caso a família venha a freqüentar um centro espírita que lhe proporcione este estudo, desenvolvendo assim, futuramente e com segurança, a mediunidade que porventura continue a se manifestar. A falta de preparo de alguns pedagogos em lidar com a mediunidade faz com que as crianças não recebam a devida atenção que merecem. Infelizmente, ignorar o problema ou fingir que ele não existe é a saída mais prática para os educadores e a família. A escritora e ilustradora de livros infantis, Rita Foelker, que também psicografa obras mediúnicas, esclarece que: “A criança, como espírito encarnado, é naturalmente médium, sujeita a influências sobre seu humor e seu comportamento. Se os educadores aprendessem a lidar com essa realidade, muita coisa seria diferente, não só na sala de aula, como nas reuniões de pais e no encaminhamento de situações que, atualmente, dão trabalho e deixam os professores sem saber o que fazer. Algum dia será assim, mas quem começa a levar a realidade espiritual em conta tem visão de futuro e está alguns passos à frente”. Vários são os cuidados que se deve ter quando os pais notarem a mediunidade na criança, mas um é primordial e vale a pena repetir: jamais estimular a criança a desenvolver a mediunidade. Outras precauções também são importantes: não valorizar excessivamente o fenômeno; não ridicularizar a criança, pois pode deixá-la nervosa, provocando o seu afastamento e causando outros problemas; não demonstrar medo, o que irá deixar a criança insegura; e desacreditar simplesmente, sem apurar os fatos, pode deixá-la se sentindo mentirosa. O correto é prestar bem atenção nestas mudanças de comportamento da criança, analisando se suas visões são reais ou fazem parte de um mundo de fantasias, influenciadas por programas de televisão ou por necessitarem de afeto e atenção. A terapêutica espírita é muito eficaz nestes casos, e quando os pais não conhecem o assunto, o centro espírita tem pessoas capacitadas para a devida orientação e encaminhamento ao tratamento A mediunidade, para ser estimulada, não necessita de uma idade precisa. Tudo depende inteiramente do desenvolvimento físico e, ainda mais, do desenvolvimento moral, mas sabemos que para tudo na vida há o momento certo. Para finalizar, aconselho a todos os que desejam um aprofundamento maior no assunto, o estudo de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec. Texto original publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição nº 48, ano 2007.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

O UMBRAL

Localiza-se em um universo paralelo que ocupa um espaço invisível aos nossos sentidos que vai do solo terrestre até a algumas dezenas de metros de altura na nossa atmosfera. O tempo, e as condições climáticas do Umbral seguem um ritmo equivalente ao local terrestre onde se encontra. Quando é noite sobre uma cidade, é noite em sua equivalência no Umbral. A névoa densa que cobre toda atmosfera dificulta a penetração da luz solar e da lua. A impressão que se tem é que o dia é formado por um longo e sombrio fim de tarde. A noite não é possível ver as estrelas e a lua aparece com a cor avermelhada entre grossas nuvens. Sua maior concentração populacional está junto as regiões mais populosas do globo. Encontramos cidades de todos os portes, grupos de nômades e espíritos solitários que habitam pântanos, florestas e abismos. É descrito por quem já esteve lá como sendo um ambiente depressivo, angustiante, de vegetação feia, ambientes sujos, fedorentos, de clima e ar pesado e sufocante. Para alguns espíritos é uma região terrível e horripilante. Para outros é o local onde optaram viver. A vegetação vária de acordo com a região do Umbral. Muitas vezes constituída por pouca variedade de plantas. As árvores são normalmente de baixa estatura, com troncos grossos e retorcidos, de pouca folhagem. Existem também áreas desertas, locais rochosos, e lugares de vegetação rasteira composta de ervas e capim. É possível encontrar alguns tipos de animais e aves desprovidos de beleza. No Umbral se encontram montanhas, vales, rios, grutas, cavernas, penhascos, planícies, regiões de pântano e todas as formas que podem ser encontradas na Terra. Como os espíritos sempre se agrupam por afinidade (igual a todos nós aqui na Terra), ou seja, se unem de acordo com seu nível vibracional, existem inúmeras cidades habitadas por espíritos semelhantes. Algumas cidades se apresentam mais organizadas e limpas do que outras. Todas possuem espíritos lideres que são chamados de diversos nomes: chefes, governadores, mestres, presidentes, imperadores, reis, etc. São espíritos inteligentes mas que usam sua inteligência para a prática consciente do mal. São estudiosos de magia, conhecem muito bem a natureza e adoram o poder, quase sempre odeiam o bem e os bons que podem por em risco sua posição de liderança. Há grupos de pessoas nas cidades que trabalham para os chefes. Acreditam ter liberdade e muitas vezes gostam de servirem seu chefe na ansiedade pelo poder e status. Consideram-se livres, mas na verdade não o são, ao menor erro ou na tentativa de fugir são duramente punidos. Existem os espíritos escravos que vivem nas cidades realizando trabalho e mantendo sua estrutura sem receberem nada em troca além da possibilidade de lá morarem. São duramente castigados quando desobedecem e vivem cercados pelo medo imposto pelo chefe da cidade. As cidades possuem construções semelhantes as que encontramos nas cidades da Terra. As maiores construções são de propriedade do chefe e de seus protegidos. Sempre existem locais grandiosos para festas, e local para realização de julgamentos dos que lá habitam. Em cada cidade existem leis diferentes especificadas pelos seus lideres. Lá também encontramos bibliotecas recheadas de livros dedicados a tudo que de mal e negativo possa existir. Muitos livros e revistas publicados na Terra são encontrado lá, principalmente os de conteúdo pornográfico. Pode-se se perguntar. Porque é permitido que existam estes chefes e desta estrutura negativa de tanto sofrimento? Deus nos permite tudo, ele nos deu o livre arbítrio. O homem tem total liberdade para fazer tudo de ruim ou tudo de bom. Quando faz ou constrói algo de ruim acaba se prejudicando com isso e aos poucos, com o passar de anos ou de séculos vai aprendendo que o único caminho para a libertação do sofrimento e da felicidade plena é a prática do bem. A vida na Terra e no Umbral funcionam como grandes escolas onde aprendemos no amor ou na dor. Ninguém vai para o UMBRAL por castigo. A pessoa vai para o lugar que melhor se adapta a sua vibração espiritual. Quando deseja melhorar existe quem ajude. Quando não deseja melhorar fica no lugar em que escolheu. Todos que sofrem no Umbral um dia são resgatados por espíritos do bem e levados para tratamento para que melhorem e possam viver em planos de vibrações superiores. Existem muitos que ficam no Umbral por livre e espontânea vontade se aproveitando do poder e dos benefícios que acreditam ter em seus mundos. Além das cidades encontramos o que é chamado de Núcleos. Não constitui uma cidade organizada como conhecemos, mas se trata de um agrupamento de espíritos semelhantes. Os grupamentos maiores e mais conhecidos são os dos suicidas. Estes núcleos são encontrados nas regiões montanhosas, nos abismos e vales. Por serem espíritos perturbados são considerados inúteis pelos habitantes do Umbral e por isto não são aceitos e nem levados para as cidades em volta. Os vales dos suicidas são muito visitados por espíritos bons e ruins. Os bons tentam resgatar aqueles que desejam sair dali por terem se arrependido com sinceridade do que fizeram. Os espíritos ruins fazem suas visitas para se divertirem, para zombarem ou para maltratarem inimigos que lá se encontram em desespero. Não é difícil imaginar um local com centenas de milhares de pessoas que cometeram suicídio, todas ali unidas, sem entender o que está acontecendo já que não estão mortas como desejariam estar. Existem os núcleos de drogados onde também existem pequenas cidades. Existem algumas poucas cidades de drogados de porte grande no Umbral. Realizam-se grandes festas e são cidades movimentadas. Existem relatos psicografados sobre uma região de drogados chamada de Vale das Bonecas e cidades como a de Tongo que é liderada por um Rei. Para todo tipo de vício da carne existem cidades e núcleos de viciados. Por exemplo, existem cidades de alcoólatras ou de compulsivos sexuais. Todos os viciados costumam visitar o planeta Terra em bandos para sugarem as energias prazerosas dos vivos que possuem os mesmos vícios. É comum a existência de núcleos de marginais. Locais onde estão reunidos assaltantes, assassinos, ladrões, traficantes, e outros tipos de criminosos em sintonia mútua. Nas regiões fora das cidades e longe dos núcleos encontramos andarilhos solitários, espíritos considerados inúteis até pelos povos de cidades e núcleos do Umbral. Grandes tempestades de chuva e raios ocorrem em todo Umbral. Tem importante função de limpar os excessos de energias negativas acumuladas no solo e no ar, tornando o ambiente menos insuportável aos seus habitantes. As cidades, tribos e vilarejos do Umbral normalmente possuem chefes ou lideres. São pessoas inteligentes com capacidade de liderança que costumam controlar, dominar e explorar as almas que nestas cidades residem. Como pode ver não é muito diferente da vida aqui na Terra onde temos exploradores e explorados. Exercem seu controle a partir do medo, das mentiras, da escravidão, de regras rígidas e violência. Algumas sabem que estão no Umbral e sabem que trabalham pelo mal das pessoas. Seu reinado não dura muito tempo já que espíritos superiores trabalham para convencer sobre o mal que faz a si mesmo fazendo o mal aos outros. É comum que estes “chefes” desapareçam inesperadamente destas cidades por terem sido resgatados por bons Samaritanos em sua missão. Em pouco tempo uma nova liderança acaba assumindo o posto de chefe nestas cidades. As regiões umbralinas são as que mais se parecem com a Terra. Os espíritos por estarem ainda muito atrelados a vida material, por lhe faltarem informação e conhecimento acabam vivendo suas vidas como se realmente estivessem vivos. As necessidades básicas do corpo acabam se manifestando nestes espíritos. Sofrem por sentirem dores, sono, fome, sede, desejos diversos. No Umbral encontramos grupos de pessoas que se consideram justiceiras. Coletam espíritos desorientados em hospitais, cemitérios, e no próprio umbral. Pessoas que fizeram muito mal a outras durante a vida ou em outras vidas, e pessoas que fizeram poucos amigos e por isto não tem quem as possa ajudar. Estes espíritos sedentos de vingança e de justiça feita pelas próprias mãos conseguem aprisionar e escravizar as pessoas que capturam. Acreditam que as pessoas que estão no Umbral só estão lá por merecimento. E isto não deixa de ser verdade. Mas no lugar de ajudar estas pessoas eles a maltratam por vingança e ódio pelo mal que cometeram em quanto estavam vivas. Somente quando estas pessoas se arrependem dos erros que cometem na Terra e esquecem os sentimentos negativos que ainda nutrem é que os espíritos mais elevados conseguem se aproximar para seu resgate.

sábado, 18 de maio de 2013

Sobre o aborto..

Nós espíritas, acreditamos que a partir do momento em que o óvulo é fecundado pelo espermatozóide, surgindo o embrião, inicia-se uma reencarnação, ou seja, um Espírito é ligado ao organismo em desenvolvimento, com a supervisão de técnicos da Espiritualidade. Então, a sexualidade deveria ser exercida com responsabilidade. Porque, para nós, o aborto provocado é sempre um crime contra a vida, e dos mais lamentáveis, mesmo no caso de fetos defeituosos (ex.: os anencéfalos). QUE FAZER QUANDO A VIDA DA MÃE ESTÁ EM JOGO? Há exceção quando se trata de aborto terapêutico, cujo objetivo é salvar a vida da mulher-mãe, porque sendo ela poupada, outra oportunidade terá. E O ABORTO CLANDESTINO? Querem justificar dizendo que, quando o aborto for legalizado, a onda de crimes se fará muito menor. Quem pensa assim, está equivocado. Em países onde o aborto foi legalizado, as estatísticas demonstram a continuidade do aborto clandestino, pondo-se em risco a vida da mulher. QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS ESPIRITUAIS? O espírito abortado poderá voltar-se contra a responsável por sua infelicidade (a mãe), tornando-se seu obsessor. Ainda que o filho assassinado seja de índole pacífica, disposto a afastar-se sem rancor, ela se situará em estado latente de desajuste, que se refletirá em seu psiquismo na forma de angústias e depressões, favorecendo o assédio de Espíritos obsessores que exploram as fraquezas humanas. Além disso, o aborto criminoso gerará desajustes perispirituais na mulher. Estes desajustes, mais cedo ou mais tarde, na existência atual ou futura, darão origem a enfermidades e limitações que se fixarão nos órgãos correspondentes à natureza de seu crime. Exemplo: esterilidade, tumores, infecções renitentes, etc. E QUANDO A MULHER ENGRAVIDA CONTRA SUA VONTADE, COMO NO CASO DO ESTUPRO? O Espiritismo, em qualquer caso, entende a maternidade como digna e nobre. Além do mais, não sabemos se essa criatura, recebida em circunstâncias tão sofridas, não será o amparo e o amigo de que a mulher terá mais tarde em outras condições, quem sabe não menos dolorosas. Receber nos braços um filho que a vida nos enseja é sempre uma bênção. O estuprador apenas produziu um corpo carnal, o espírito que irá se vincular àquele corpo e dará vida a ele é um filho de Deus. Caso a mulher não queira conviver com o "filho de Deus", dê esta criança para adoção, mas não mate. E O LIVRE ARBÍTRIO DA MULHER? Há quem defenda o livre arbítrio da mulher. Mas, quem defende o livre arbítrio do feto? O aborto, como o suicídio, é um dos maiores crimes que se podem perpetrar, porquanto a vítima do aborto não tem oportunidade de defesa. Já a gravidez pode ser prevenida. Abortar para fugir da responsabilidade, geralmente livremente aceita, nunca! O sexo deve ser exercido com responsabilidade, é natural se arque com as conseqüências. No caso, o filho. A mulher deveria considerar que o filho que está a caminho, sejam quais forem as circunstâncias em que venha ao mundo, ainda que represente para ela sacrifícios e lutas, é alguém enviado por Deus para oferecer-lhe a mais elevada de todas as funções, a mais nobre de todas as missões. As mulheres são COLABORADORAS DO CRIADOR NA OBRA DA CRIAÇÃO. E O CONTROLE DA NATALIDADE? É uma medida muito válida. Entre programarmos a prole, mantendo a harmonia familiar e deixarmos que venhamos a derrapar pelo aborto, o planejamento familiar, do ponto de vista espiritista, é profundamente ética. E OS QUE INDUZEM OU AUXILIAM A MULHER NO ABORTO? Todos aqueles que induzem ou auxiliam a mulher na eliminação do nascituro possuem também a sua culpabilidade no ato criminoso: maridos ou namorados que obrigam as esposas; médicos que estimulam e o realizam; enfermeiras e parteiras inconscientes. Para a justiça humana, não há crime, nem processo, nem punição, na maioria dos casos, mas para a JUSTIÇA DIVINA todos os envolvidos no ato criminoso sofrerão as conseqüências sombrias, imediatas ou em longo prazo, de acordo com o seu grau de culpabilidade. QUE DEVE FAZER A MULHER QUE FEZ ABORTO E ARREPENDEU-SE? Demonstra a Doutrina Espírita que a mulher comprometida no crime do aborto pode superar o remorso ajudando filhos que perderam suas mães, em obras assistenciais. Há muito serviço em creches, berçários, hospitais, casas de sopas, lares de infância, que esperam por corações generosos e mãos dispostas a servir. Se a dor é a moeda com a qual a justiça divina cobra nossos débitos, o Bem é inestimável valor alternativo, com o qual a divina misericórdia nos permite abreviar nossos padecimentos exercitando tarefas redentoras. Portanto, qualquer pessoa de mediana capacidade de discernimento, sabe que O ABORTO É CRIME. Podem legalizá-lo um milhão de vezes, mas nunca o moralizarão. O fato de ser legal não implica em ser moral.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

A infância é a fase em que o espírito está mais acessível às impressões que recebe. O espírito lentamente assume o controle da organização fisiológica e o processo de reencarnação não se completa de imediato ao nascimento, ou seja, gradualmente ele vai se adaptando ao mundo em que reencarnou, os hábitos bons ou maus que adquirir, nesta fase, serão os que o nortearão por toda a existência planetária. Lembra-nos Allan Kardec, em o Livro dos Espíritos (questão 199-a explicação e questão 385), que a infância não é um estado normal de inocência, o espírito já possui sua bagagem espiritual, boa ou má, de existências anteriores. Durante o período em que seus instintos se conservam adormecidos, a criança é mais maleável, acessível aos conselhos da experiência e dos que devam fazê-la progredir. Nessa fase, é que se lhes pode reformar os caracteres e reprimir os maus pendores. Tal o dever que Deus impôs aos pais, missão sagrada de que terão de dar contas. Além de sua origem espiritual, a criança possui diversidades ligadas ao seu momento histórico, sócio-econômico, religioso, escolar e outros, que se refletem no plano reencarnatório e orgânico, determinando e modificando o comportamento. Crianças que, junto com seu núcleo familiar, apresentam comportamento que reflete inconscientemente o seu passado espiritual e suas atuais relações, podem criar em sua psicosfera, um ambiente propício para processos obsessivos de variadas matizes. Na educação infantil o Movimento Espírita conta com a Evangelização, que repassa a Doutrina Espírita, levando às crianças a moral cristã de forma didática e sistemática. Porém, crianças que vem apresentando processos obsessivos, problemas psicológicos ou comportamentais, necessitam de uma forma diferenciada de trato. É necessário ter um trabalho individualizado, isto é, que não se entenda a criança apenas como parte de um grupo, mas também que compreendamos suas ações e reações em relação a tudo que ela vivencia na casa espírita e se possível no seu convívio familiar. Com base nesse preceito, a Evangelização Infantil deve disponibilizar em sala uma sistemática, cuja finalidade principal é acompanhar as crianças e adolescentes de forma mais próxima, tentando conhecer a realidade familiar e espiritual daquele ser. Essa atividade poderia ser uma evangelização para auxílio a problemas espirituais infantis, que objetivará atender esses seres de forma holística. (Este texto foi retirado das diretrizes do Tratamento Espiritual Infantil/Assitência Espiritual à Criança - implantando no Centro Espírita Fundação Allan kardec em Manaus/AM)

sábado, 6 de abril de 2013

Provas voluntárias.

O Evangelho Segundo o Espiritismo O verdadeiro cilício Perguntais se é licito ao homem abrandar suas próprias provas. Essa questão eqüivale a esta outra: É lícito, àquele que se afoga, cuidar de salvar-se? Àquele em quem um espinho entrou, retirá-lo? Ao que está doente, chamar o médico? As provas têm por fim exercitar a inteligência, tanto quanto a paciência e a resignação. Pode dar-se que um homem nasça em posição penosa e difícil, precisamente para se ver obrigado a procurar meios de vencer as dificuldades. O mérito consiste em sofrer, sem murmurar, as conseqüências dos males que lhe não seja possível evitar, em perseverar na luta, em se não desesperar, se não é bem-sucedido; nunca, porém, numa negligência que seria mais preguiça do que virtude. Essa questão dá lugar naturalmente a outra. Pois, se Jesus disse: “Bem-aventurados os aflitos”, haverá mérito em procurar, alguém, aflições que lhe agravem as provas, por meio de sofrimentos voluntários? A isso responderei muito positivamente: sim, há grande mérito quando os sofrimentos e as privações objetivam o bem do próximo, porquanto é a caridade pelo sacrifício; não, quando os sofrimentos e as privações somente objetivam o bem daquele que a si mesmo as inflige, porque aí só há egoísmo por fanatismo. Grande distinção cumpre aqui se faça: pelo que vos respeita pessoalmente, contentai-vos com as provas que Deus vos manda e não lhes aumenteis o volume, já de si por vezes tão pesado; aceitá-las sem queixumes e com fé, eis tudo o que de vós exige ele. Não enfraqueçais o vosso corpo com privações inúteis e macerações sem objetivo, pois que necessitais de todas as vossas forças para cumprirdes a vossa missão de trabalhar na Terra. Torturar e martirizar voluntariamente o vosso corpo é contravir a lei de Deus, que vos dá meios de o sustentar e fortalecer. Enfraquece-lo sem necessidade é um verdadeiro suicídio. Usai, mas não abuseis, tal a lei. O abuso das melhores coisas tem a sua punição nas inevitáveis conseqüências que acarreta. Muito diverso é o que ocorre, quando o homem impõe a si próprio sofrimentos para o alívio do seu próximo. Se suportardes o frio e a fome para aquecer e alimentar alguém que precise ser aquecido e alimentado e se o vosso corpo disso se ressente, fazeis um sacrifício que Deus abençoa. Vós que deixais os vossos aposentos perfumados para irdes à mansarda infecta levar a consolação; vós que sujais as mãos delicadas pensando chagas; vós que vos privais do sono para velar à cabeceira de um doente que apenas é vosso irmão em Deus; vós, enfim, que despendeis a vossa saúde na prática das boas obras, tendes em tudo isso o vosso cilício, verdadeiro e abençoado cilício, visto que os gozos do mundo não vos secaram o coração, que não adormecestes no seio das volúpias enervantes da riqueza, antes vos constituístes anjos consoladores dos pobres deserdados. Vós, porém, que vos retirais do mundo, para lhe evitar as seduções e viver no insulamento, que utilidade tendes na Terra? Onde a vossa coragem nas provações, uma vez que fugis à luta e desertais do combate? Se quereis um cilício, aplicai-o às vossas almas e não aos vossos corpos; mortificai o vosso Espírito e não a vossa carne; fustigai o vosso orgulho, recebei sem murmurar as humilhações; flagiciai o vosso amor-próprio; enrijai-vos contra a dor da injúria e da calúnia, mais pungente do que a dor física. Aí tendes o verdadeiro cilício cujas feridas vos serão contadas, porque atestarão a vossa coragem e a vossa submissão à vontade de Deus. - Um anjo guardião. (Paris, 1863.) (Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 26.)